Tuesday, December 25, 2007

Sonhos...

Vive
Numa dança rodopiante
Num sonho distante
Pois quem sonha, sobrevive

Esquece
O arrepiante desalento
Aquele inútil sentimento
Enquanto a tristeza adormece

Continua
Na tua existência irreal
Pois a realidade é fatal
E os sonhos brincam à luz da lua

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E um feliz natal para todos... =)
Com muitos sonhos e poucas realidades...hehehe

Monday, December 10, 2007

Amor submisso...

Doce, pura, querida ingenuidade
Tão incorrigível como sincera
Tocando ao de leve a liberdade
A sua bela alma por ele espera

Entre alegrias falsas e momentos
Que o amor quis oferecer, em vão
Dispersando infelizes pensamentos
De uma pálida, gelada solidão

Conheceria ele a noite estrelada
Que brilhava no juvenil amor perdido
Ao partir o coração da sua amada?

Ou será para sempre um desperdício?
Este desesperado anjo caído
Este intemporal e submisso sacrifício

Thursday, November 29, 2007

Apatia outonal...

Folhas que perdem a vida, ao cair
Pálidos tons de amarelo, a fugir
E um vazio, que se esconde na escuridão
Lentamente, apoderando-se do teu coração

Faces brancas, marcadas pelo sal
Um triste nada, no frio outonal
Chorar a vida, até nada mais restar
Deixando a alma, que se irá evaporar

Como um fantasma, como vidro partido
Gemendo suavemente pelo coração ferido
Doce apatia, nada és, tudo desfazes
Que desalento infernizado é o que trazes...


Thursday, November 22, 2007

A tua escuridão

Noite escura, o luar tremia
Nada se viu, ninguém viria
Arrepiada por um coração de gelo
Um grito na escuridão, começou o pesadelo

Perdida, sem poder acordar
A realidade, não podia tocar
Estilhaçada por amar demais
Deu-te tudo, não poderias querer mais

O sacrifício de uma vida por viver
Sem mais amar, respirar, compreender
A tua rosa, a tua escuridão
Que seja agora a tua maldição

Fórmulas sádicas

(dedicada à minha aula de matemática...xD)

Era uma sala infeliz, empoeirada
Cheia de vidas, perdidas no tempo
Presas numa rede desesperada
Crua melancolia, desalento

Uma armada de fórmulas escondidas
Quebrava a luz, quase inexistente
Jovens, frágeis almas, já perdidas
Tudo era triste, tudo era inconsistente

São poucos os que conseguem compreender
O sentido deste lugar, a razão
Procura-se, embora, sobreviver
Entre raiva, desapontamento e solidão

Sunday, November 18, 2007

Melancolia...

Mas, quem és tu, melancolia?
Doce, frágil e enregelada
Eras a que tudo compreendia
Eras a feliz e a amada

Aterrorizada, triste apatia
Perdeu o amor, não tem mais nada
Enterrada nesta terra fria
Assim caiu ela, desamparada

Enquanto o ingénuo mundo se ria
Da pobre criança, desesperada
O riso, ao longe, se partia
Ninguém mais foi feliz, pois ela chorava


Wednesday, November 14, 2007

Estilhaços poéticos sobre a aceitação da morte

Mar de lágrimas de tristeza congelada
Luz que se esvaneceu na sua face rosada
Estilhaçar o sonho, a alegria de viver
A certeza ensanguentada de que está a morrer

Quanto sofri? Quanto sorri? Quanto chorei?
Quanto escrevi? Quanto vivi? Quanto amei?
Quanto me escondi nos confins da escuridão?
Quanto me ri da ironia da solidão?

Na vida, tudo se perde, tudo se chora
Quem se ama, o que se quer, onde se mora
Será o fim acabar a alegria ou a dor?
Porque morres tu? Eu morro por amor...

Tuesday, October 2, 2007

Vida? Morte? Ou um pouco de ambas?

Terra repleta de almas soterradas
Jardim negro de lápides esbranquiçadas
Ouro sobre azul, em paz acaba a vida
O corpo junto à terra, a mágoa adormecida

Vivendo em dor, infelicidade e sofrimento
Porque não desejar outro, mais doce, sentimento?
Pelas minhas próprias mãos desfiz-me, morri
Esvaneceu-se a dor, mas tudo o resto perdi

A morte é o fogo e a vida é a chama
Quem não vive, não sonha, não ri, não ama
Trocar a dor pela solidão?
Talvez sim... Talvez não...

Monday, October 1, 2007

Notícias: Carpe diem?

Como se pode ver, pesquisando um pouco nos arquivos, escrevi, há alguns meses, a meio de uma aula de física, enquanto conversava com dois loucos colegas sobre temas deveras estranhos, um poema ao qual chamei "Carpe diem?"

(deixa-se o link para facilitar o trabalho:
http://fatalidades-da-literatura.blogspot.com/2007/06/carpe-diem.html )

acontece que esse perturbadoramente belo poema (não sou nada modesta, pois não?)
aparece agora num vídeo, realizado pelo conhecido realizador (e meu amigo) Miguel Cravo...

Embora o poema não tenha sido interpretado como eu esperava que fosse, tenho de admitir que me encanta a ideia de ver um poema meu num vídeo alheio...E que até fica bem...

É claro que gostava que vissem, por isso o deixo também por aqui...

Friday, September 28, 2007

Anjo perdido

Ela era um anjo, pintada de dourado
Numa caixa de esperança, o seu coração guardado
Num mar de felicidade, a sua alma reluzia
Com todo o amor do mundo, ela sorria

Até que, um dia, te entregou o coração
Até que a sua alma tremeu de paixão
Até que lhe arrancaste todo o sentimento
A sua sanidade só durou um momento

As suas vestes e faces cobriram-se de escuridão
A sua frágil alma encheu-se de solidão
A sua mente estilhaçou-se, perdida
Ela não está morta, mas perdeu a vida

Ela foi um anjo, o seu olhar brilhou
O seu coração sorriu, a sua alma sonhou
Agora é depressão e do mundo se escondeu
Ela era um anjo e esse anjo era eu

Monday, September 24, 2007

Tudo em nome do amor...

Quando a questionei sobre o amor
O seu olhar brilhou com tal ardor
Que tremi, de mágoa e sofrimento
Enquanto amaldiçoava o sentimento

Como um fantasma, tinha perdido a sua luz
Aprisionada na fantasia que seduz
Até a mais cínica inclemência
Castigando a alma pela imprudência

Contou-me assim como a alma escureceu
Como o corpo, na escuridão se esvaneceu
Qual choro de solidão, pelo amado esquecida
Assim, percebi eu, tinha perdido a vida

Monday, September 17, 2007

A tempestade

A noite chorava de amor perdido
O céu escondia-se, esquecido
Por entre o suave brilho do luar
Os sonhos mal podiam respirar

Transformou-se em fúria, a tristeza
Reclamou-se a perdida beleza
Transformou-se em dor, a mágoa
E o que caiu do céu já não era água

Raios desfizeram a futilidade ignorante
E assim voltou o sentimento distante
Que dava pelo nome de saudade
Sem saber, todos amámos a tempestade

A súplica

Pensei nunca voltar a ver a luz do dia
Quando vi outra nos teus braços
O meu coração desmaia de agonia
Enquanto os meus olhos ficam baços

Dentro de mim, já só existe um vazio
Um buraco negro nesse teu universo
Enquanto de mim se apodera o frio
Deixo-te estas simples palavras em verso

Agora só te peço que acabes comigo
Enquanto o orgulho me impede de chorar
Não aguentarei vê-la contigo
Lentamente, já me estás a matar

Tuesday, September 11, 2007

A esperança

Emotiva canção no sonho de alguém
Escondida, perdida ou ignorada
Segundo ela própria, não é ninguém
Segundo o mundo, ela não é nada

Mas os seus olhos brilhavam de vida
Ela era a esperança, na sua forma mais bela
Mas até a esperança podia ser esquecida
E aprisionada na mais profunda cela

Choravam os pobres e os oprimidos
Pela esperança que já não existia
Gritavam os sonhadores perdidos
Pela esperança que agora morria

Eu viverei enquanto de mim se lembrarem
Sorriu a esperança, com eterna calma
A esperança viverá naqueles que sonharem
Perdeu-se o corpo, mas resta a alma

Monday, September 10, 2007

Agora sou tua...

Qual flor murcha, fizeste-me desaparecer
Nas trevas, eu me irei esvanecer
Quebraste as barreiras, escondendo saudade
E, um dia, me trouxeste à realidade

Eu era uma alma frágil sem lugar para onde ir
Ocultaste as mágoas, fizeste-me sorrir
Agora sou tua, mas quem sou eu?
O corpo vazio de uma alma que morreu

A realidade é um prédio cruel
Com janelas de mármore e chão de papel
Agora sou tua, derramando o sangue pelo chão
Cicatrizes de um sonho que nasceu em vão

Agora engano-te quando sorrio
A minha alma perdeu-se num refúgio frio
Agora sou a tua doce amada
Agora sou tua, mas não sou mais nada


Thursday, September 6, 2007

Escondem-se os poetas...

Lágrimas de poetas escondidos
Lembranças de sonhadores incompreendidos
O sabor a maresia perdido no ar
O amor à poesia, uma canção de embalar

As mágoas encerradas em palavras por perceber
O frágil desejo de desaparecer
Uma vida que o lápis desenhou
Um único sorriso que congelou

Enquanto o poeta conduz a dança
Afogam-se os tristes no mar da esperança
Escondem-se os traumas na terra fria
Rejeita-se o amor, esquece-se a poesia

Um dia, também eu serei esquecida
E, como Atlândida, estarei desaparecida
Um dia, se perderá o fogo do amor
Pois a sociedade a nada dá valor

Saturday, September 1, 2007

A escuridão

Mágoas na alma e cinzas na solidão
Sombras infelizes que ocultam a escuridão
Porque a escuridão não pertence ao mundo
Porque a escuridão é algo mais profundo

A escuridão oculta tristeza e desejo de morrer
A escuridão pertence a quem nela irá desaparecer
A escuridão é doce, simples e pura
Enquanto tudo desaparece, a escuridão perdura

A escuridão é refúgio, a escuridão é o meu lar
A escuridão não questiona nem nunca há de julgar
A escuridão esconde o mais triste pensamento
A compreensão de que a vida é um tormento

Friday, August 31, 2007

Rosa negra (auto-retrato)

Rosa negra como a depressão
Que haverá de afastar o mundo
Os meus espinhos são o sangue no chão
Se vier a morte, não esperarei um segundo

Rosa negra em busca de ternura
Rosa negra que só sente rejeição
Sou uma rosa à beira da loucura
Que se há de afogar na escuridão

Rosa negra levemente apaixonada
Rosa que sonha com um dia de alegria
Uma rosa que, nos teus braços, não é nada
Sem a noite vir, enquanto brilha o dia

Mas a rosa negra, um dia, será tua
Meu trágico e incompreendido amor
E quando o sol fugir e vier a lua
Lá estaremos os dois, lá se apaga a dor

Thursday, August 30, 2007

Tudo partiu...

Pálida, com a morte no olhar
Frágil, mal podia respirar
Doce, como a brisa matinal
Pura como o mais belo cristal

Triste, como lágrimas a cair
Distante, sem se atrever a sorrir
Ninguém a amou, ninguém a segurou
Ela tudo perdeu e tudo deixou

Um segundo e ela deixou de existir
Já não haveria razão para mentir
A sua doçura, em sangue se esvaiu
Ela era tudo, mas tudo partiu...

Monday, August 27, 2007

Sonho de luz e escuridão

A noite era bela e estrelada
De momento, não sabia mais nada
Esqueci o mundo, fixando o céu
Escondi-me no seu estrelado véu

Por um segundo, ninguém mais chorou
Diria até que o tempo parou
E eu pairava, adormecida
À luz de uma lua já esquecida

Quando voltei a ver o que é real
E senti, dentro de mim, o mesmo mal
Desprezei tudo o que era terreno
E desejei, de novo, o céu sereno

Donzela de um rio de mágoas

Numa noite fria, à luz da lua
Foi quando encontraste uma alma nua
Que chorava, por temor à solidão
E se enterrava na pura escuridão

Enfeitiçado pela doçura do seu olhar
Procuraste, à cautela, te aproximar
Olhaste o sangue que se misturava com a água
E fugiste da donzela e da sua mágoa

Água do rio que o seu sangue levou
E, com ele, os seus sonhos roubou
Deixou a adulta, que ainda era criança
Deixando espaço para uma última dança

A frágil jovem, por fim, cedeu
E nestas águas permaneceu
Demasiado doce para fugir
A quem a torturou para se divertir

Sunday, August 26, 2007

Se...

Se...

Se tristeza fosse só nome de canção
Se as lágrimas fossem só água a cair
Se não houvesse mágoa na solidão
Se não tivesse por que fugir

Se não houvesse trauma na minha mente
Se não houvesse sangue na minha faca
Se tudo se resumisse ao sol poente
Se a vida não fosse tão fraca

Se não houvesse ira nem agonia
Se o meu coração não fosse de cristal
Talvez houvesse sonho na maresia
Talvez eu fosse uma pessoa normal

Monday, July 2, 2007

Pensamentos quebrados...

Sol
Poente
Um frio de gelo
Que me quebra a mente

Noite
De luz
Dança das trevas
Fragilmente me seduz

Caio de novo
Na escuridão
Cruel mundo de solidão

Perdida na triste memória
É o costume, a velha história
Aceitando a flor de papel
Que em breve me rasgaria a pele

Apaixonada pela loucura
Breve desejo de ternura
Eclipsou-se num só momento
Recordações de sofrimento

Thursday, June 21, 2007

Carpe diem?

O tempo é frágil e o dia é perdido
Ao longo dos anos, reina a escuridão
Tormento, tristeza, mágoa, solidão
Porque apenas se dá importância ao dia

Rotina nas acções e trevas na alma
Nestes trágicos dias, que há para aproveitar
Há os que até se quiseram matar
Pois só há paz no vento nocturno

Desprezai a luz e o rumor diurno
A noite ilumina as raízes da filosofia
As estrelas honradas pela poesia
Carpe diem? Nunca! Carpe noctem

A fuga

Foge da esperança sem pensar
Tão triste que mal pode respirar
Gritos ecoam no seu coração
Oceanos de raiva e de solidão

Lágrimas de medo caem na areia
As suas mágoas formam uma teia
Entranhada nos confins da sua mente
Falta-lhe a voz para dizer o que sente

Noites de horror na sua pele queimada
Leves suspiros de uma alma assombrada
Sombras de morte escondem-se na rua
A sua face iluminava a lua

Foge do medo, foge da dor
Falta a alegria, falta o amor
Caí no chão de uma casa trancada
Algures, no tempo, uma luz apagada

Saturday, June 16, 2007

Canção de embalar das trevas

Sonho de uma triste canção de embalar
De olhos fechados, não te vais magoar
Dorme em paz, pequena criança
Sangra o corpo, sangra a esperança

Amaldiçoada, essa tua tristeza
A cor do teu sangue tem tanta beleza
No mundo das trevas, o teu coração
No mundo dos sonhos, não há solidão

O fogo na alma, um beijo de paz
Larga a tua faca, se ainda és capaz
Cobre as veias com um véu de amor
No final, só restam marcas e dor

Dorme em paz, com a noite a proteger
Dorme, ingénua, não há nada a saber
Ignorância é a mãe da felicidade
Sem conhecimento, não haverá maldade

Friday, June 15, 2007

Não a condenes...

Mas será que não tens consciência
Da alma que estás a destruir?
Procura a razão da sua existência
A falsidade, quando a vês sorrir

Vê o vento negro da esperança
A água que entristece o seu olhar
Olha nos olhos, a, que, em criança
Abraçou a faca para se matar

Falhou, e, triste, desistiu
Ao ver que nem morrer conseguia
Deixou sangrar a alma e caíu
Mas, com falsidade, ainda sorria

Não destruas a mente já quebrada
Não condenes à morte esta criança
Abraça a sua pele, já cortada
Em vez de a apunhalar, com essa lança

Desfeita com a ilusão do amor
Por te ter entregue o coração
Poupai-lhe essa ameaçadora dor
Não condenes a alma à solidão


Tuesday, June 12, 2007

Quem é ela?

O seu sangue escorre pelo chão
O seu mundo suspira solidão
A sua alma é uma vela apagada
A sua vida é tudo e não é nada

Quem é ela, que sofre de depressão?
Quem é ela, que morre na escuridão?
É um pesadelo, para vós e para mim
Que pode ela, se a sua vida é assim?

Ela é o céu, a terra e o ar
Ela é fogo, desejo de sonhar
Cabelos negros que voam ao vento
Ela é paixão, é sentimento

Ela é doce e frágil, nunca forte
Ela é a própria encarnação da morte
Ela é a noite e a filosofia
Ela é o que resta da poesia

A recusa

Cortai as amarras da paixão
Deixai de ouvir a voz do sentimento
O mundo é só lógica e razão
Deixou de haver lugar para o sofrimento

Estilhaçada a mente pela poesia
Perdido o olhar negro da memória
Viverá então o mundo em alegria
Enquanto ela se perde nas trevas da história

Recuso este destino cruel
Recuso a tua poética alma
As cicatrizes que tu tens na pele
A tua face, sempre triste, nunca calma

Pois porque tu já estás perdida
Enquanto eu ainda me posso encontrar
Pois porque queres pôr fim à tua vida
A tua alma, eu terei de recusar

Monday, June 11, 2007

O que escrevo eu?

O que escrevo eu, senão loucura?
Amor perdido, ausência de ternura
Escrevo doces sonetos de sofrimento
Escrevo por paixão, não por talento

Escrevo lágrimas dos que choram em vão
Escrevo trevas, tristeza e solidão
Escrevo o breve sussuro da maré
Escrevo enquanto vou perdendo a fé

Pois embora eu tenha um futuro incerto
É apenas a escrever que eu liberto
As mágoas da alma e do coração
A escrita é a luz que afasta a escuridão

Tortura intemporal

Tortura intemporal (dedicado à minha "maravilhosa" aula de françês e ao respectivo professor...)

Sonhos amordaçados em mentes dispersas
Posições estáticas, expressões diversas
Palavras torturando, absinto ou veneno
Folhas esvoaçando, um olhar sereno

Pura inclemência, o passar do tempo
Triste martírio, falta de talento
Sorrisos ficam lá fora, não há felicidade
Não há desejo ou empenho, só falta de vontade

Horas de sofrimento, sente-se a raiva crescente
Uma insistente rotina para desgastar a mente
Abrindo a porta trancada, deixai entrar o ar
Com o toque do sino, tudo se há de acabar

Será por ti...

Esquece.
És capaz?
De o deixar para trás
como uma memória esquecida?

Não.
Pois assim é a vida.
Não o esqueço, assim o quero
E nada mais é sincero.

Mas este desejo vai-me custar
Tudo aquilo que me fazia continuar
E se perder, se parar
Se deixar de respirar...

Será por ti.
Só por ti.
Pois mesmo não sendo feliz,
Foi o que a minha alma quis.

Manhã de setembro

Manhã de setembro

Há uma manhã em setembro
Em que nada parece igual
É tudo tão doce e sincero
Que nem parece normal

Há uma manhã em setembro
Em que o vento sopra, contente
Em que os sonhos se tornam mais puros
E a minha vida fica diferente


E nessa manhã de setembro
Noto a luz do teu olhar
Essa luz que encanta o céu
E apaga a tristeza do ar

E antes que chegue a noite
E tudo fique como antes
Eu peço para que o destino
Não nos faça ficar distantes

Tu és assim...

Tu és assim

Deixaste de ter importância para mim
A partir de agora vou ser só eu
Mas tu querias que fosse assim
Sempre desprezaste o que é meu

Falas comigo como se não tivesse valor
Não me deixas dizer o que sinto
Nem sequer queres honrar o amor
Não te atrevas a dizer que minto

Mas eu vou deixar de estar sempre aqui
Pois tenho quem se importe comigo
Agora deixei de precisar de ti
E não quero quem não saiba o valor de um amigo

Como tudo começou...(Porquê poesia?)

Quem sou eu? O que faço aqui?
Questões que ocupam as mentes de filósofos, poetas e...Adolescentes...
Quem sou eu, senão alguém preso entre a infância e a idade adulta?
Mas porquê a poesia? O que terá esta que outras formas de escrita não têm?
A poesia é o que me permite explicar quem sou e o que sinto, sem realmente o dizer...Pois entre antíteses, esquema rimático e metáforas esconde-se uma vida...Onde perdura a tristeza, o sofrimento e a depressão...
Mas isto já é outra história...
Neste escuro recanto da minha alma poderão ver quem eu sou e o que penso, muito melhor do que aqueles que julgam que me conhecem...
Quem sou eu?
Sou uma triste poetisa
O que faço aqui?
Procuro partilhar a infelicidade da minha alma com quem a queira compreeender...