Dúzias de portas fechadas abrem, de repente
E uma frágil brisa outonal suspira, em vão,
Enquanto, nos labirintos desregrados da mente,
Se desfazem em lágrimas as nuvens da escuridão.
É loucura sublime que percorre a nossa alma,
É um caminho perdido que leva ao fim do mundo,
Inundando o ser com uma indiferença calma.
É uma queda livre de um precipício profundo.
Qual presa numa despedaçada alucinação,
Vejo pedaços de mim unidos neste sentimento.
Rosas vermelhas dançam num desolado coração,
Pois o sentido da vida se desfez num só momento.