A noite iluminava uma obsessão,
Pairando sob um olhar desconhecido.
E o seu brilho sossegava a solidão
Que caminhava como um rouxinol perdido.
Acompanhada pela canção do luar,
Entreguei-me a uma busca incandescente.
Imaginei um destino por alcançar,
Enredada num ideal inexistente...
Ao embarcar nessa outra realidade
Por um instante que devia ser eternidade,
Encontrei os estilhaços do passado.
E enquanto, do mundo, me escondia,
Devolvi os sonhos que nunca teria.
Olhei para cima... E nasciam lírios no telhado...