Tuesday, October 26, 2010

Histórias...

Era uma vez um castelo

em chamas.
Uma torrente de risos
queimados.
Um mortiço olhar de
despeito.
Vida.

Era um dia pálido e cinzento.
Eu contei até três e
saltei
de novo
para o abismo.

Mais uma vez.
Não podes.
Não paras a dor que atravessa o teu corpo,
lâmina prateada, silvando de horror.

Conta-me uma história,
uma história que não exista.
Quero fingir que sou outra e que
a vida que levo
afinal não é minha.

Eu não sou
completa.
Ser homogéneo e
inteiro.
Eu subsisto em vão.

Por uma vez, assume que não és pessoa!

Saturday, June 19, 2010

IV Prémio Poesia em Rede

Aproveito este longo tempo de ausência para partilhar uma notícia que me deixou bastante feliz...

Um dos meus poemas foi um dos segundos melhores poemas (prémio ex aequo) do IV Prémio Poesia em Rede.

O poema chama-se "Saudação à Vida".

Deixo o link para quem quiser ler (o meu e não só ;) ):




Friday, May 21, 2010

As palavras que eu sou...

Sinto-me como um fantasma atraiçoado,
Névoa esvoaçante, meio perdida,
Augúrio infeliz de solidão.
Arrasto-me, vencida, pelo chão
De mármore pálido da vida,
Pela luz, há tanto tempo, abandonado.

Nesta visão onírica de trevas,
Neste espelho de fulcral alucinação,
Fujo desses meus gritos de dor.
E embora neste dia claro esteja calor,
O corpo treme com o enregelar do coração.
Sofrimento, para que abismo me levas?

Wednesday, March 3, 2010

A rejeição é uma prisão da alma

Bebes do cálice da melancolia...
Pálida, ingénua... Luzidia.
Virtude desconhecida, ignorada...

Caminhas sozinha pelo deserto,
Desviada para um local incerto.
Perdida nas sombras do horizonte...

Num redemoinho de emoção, desapareces,
Atingida por opiniões que não conheces.
Corta as amarras do espírito!

Quem sabe o limiar da imaginação,
O limite entre sonho e ilusão?
Continua... Para a frente é o caminho...