Wednesday, March 13, 2013

Novo poema :)

Rasgam-se os panos, nas margens da batalha.

Riem-se os tolos das misérias da memória.
Enrolas a tua alma numa mortalha,
Sopras ao vento os estilhaços da tua história.

Cobre a saudade as lágrimas que não correm.
Chamas de horror que não te atreves a apagar.
Mágoas nuas, virginais, que discorrem
Sobre uma dor que nunca deves mostrar.

Foges de ti, tropeçando na agonia
De um coração dissecado em laboratório.
Escondes um texto que nunca ninguém leria.

Perdes o amor a toda a civilização.
Fazes da palavra, o teu oratório.
Alma perdida, o teu nome é solidão.

1 comment:

Dilmar Gomes said...

Poema denso e forte, amiga Isabel.
Um abraço. Um abração. Tenhas um bom dia.