Friday, February 6, 2009

Soneto de Angústia

Cicatrizes desenhadas a lápis de carvão
Aguarelas de cristal pintam a melancolia
Num canto, em tons de azul, a solidão
Mas nem um frágil vestígio de alegria

A ampulheta de uma vida de suplício
Arde nas chamas da nocturna apatia
Enquanto estilhaços de fogo de artifício
Apagam as velas de uma primavera fria

O cântico suave de mágoas adormecidas
Arrepia as raízes de uma planta magoada
E ingénuas melodias de pessoas perdidas
Vêm tocar neste ligeiro pedaço de nada

"O que desenhas tu, tão docemente?"
"O coração espelhado de uma alma inocente"



5 comments:

Alexander Malven said...

genial, hermoso

Eli said...

Muito bonito e harmonioso. :)
Obrigada pela visita ao meu blog. Tem um resto de bom fim-de-semana.
*

Portugal Mais Verde said...

Queríamos agradecer o coment, é bom haver pessoas interessadas na nossa iniciativa.

Nilson Barcelli said...

A tua poesia é magnífica.
Devias escrever mais vezes. Mas deves ter a escola...
Um beijo.

Luciane Guareze said...

muito bom seu blog...
muito bom ser amiga das letras, seus varios conjuntos podem transformar o mundo...

http://lucyinthesky-lg.blogspot.com/