Wednesday, January 16, 2008

Em delírio...

Não sabes quem és, onde estás
Deixaste o mundo para trás
Só vives nesse único delírio
Que se esvanece em martírio

Numa pura ausência de compreensão
Invocas o nome da Solidão
Tornando-se claro como água
A existência do teu mundo de mágoa

Mas continuarás, então
A apodrecer na escuridão
Enquanto a vida reluz?

Será que não acreditas na alegria?
Ou talvez tudo o que antes existia
No teu desespero, não mais seduz...

Wednesday, January 9, 2008

Só hoje...

Só hoje te vi
Só hoje amei
Só hoje vivi
Porque te encontrei

Só hoje sonhei
Com o teu sorriso
E não mais chorei
Pois já não é preciso

Só hoje descobri
Que a quem leva o amor
Também dança, também ri
Nem tudo é mágoa, nem tudo é dor

Tuesday, January 8, 2008

Levam-te a alma...

O aroma a sangue perturba o ar
Nos cantos, esconde-se a solidão
Se ousares mais do que respirar
Também te leva a escuridão

Doce inocência, que tudo revelas
Levam-te a alma, levam a tua essência
E, por arte de sombrias velas
Se mostra inútil a tua existência

Cânticos de morte são trazidos pelo vento
Chora a Terra, pela filha que perdeu
E enquanto rodopia o desalento
O doce torna-se amargo, pelo mundo que sofreu

Sunday, January 6, 2008

Só a ti...

Na tua crua ausência, desespera
A pura escuridão e o raio de luz
Tal como eu, todo o mundo espera
Por aquele, cujo olhar seduz

Rasga esse véu de desalento
Que cobre um coração inocente
Desfaz o ínfimo sofrimento
Que me fragilizou, de repente

E, ao libertar a ingenuidade
Esvaeceu-se a tristeza que senti
A minha alma, repleta de sinceridade
Pode dizer que só te amo a ti